Mark Noble, a quem lhe chamam de "Pirlo de Cockney", está para o West Ham, como Michael Carrick para o Manchester United. É o jogador mais importante em todas as fases de construção e é o elemento que faz o jogo fluir e correr. Não tem medo de arriscar o passe e oferece sempre uma, ou mais, linha(s) de passe. Contra o Newcastle - apesar dos números favorecerem a equipa da casa - repetiu-se a história que tem sido contada desde que Noble passou de promessa a confirmação.
No 4-1-2-2-1 (vagamente entenda-se 4-3-3), Noble, 26 anos, jogou na posição mais defensiva do meio campo, mas com os seus passes longos conseguiu rasgar a defesa do Newcastle, nomeadamente na primeira parte. Definiu bem o "timing" das suas acções nos passes e no seu posicionamento. Mostrou-se resistente fisicamente e não cedeu grande margem de manobra aos jogadores adversários que iam aparecendo no seu raio de manobra (Ben Arfa ou Marveaux, que foi uma dor de cabeça para os seus colegas). À sua frente, como médios interiores, teve Diamé, algo desinspirado mas sempre cooperativo, e Nolan, que joga sempre a um ritmo elevado e aparece bem em zonas de finalização.
Destacaram-se ainda James Collins, defesa central dos "Hammers", que bloqueou grande parte dos remates do Newcastle, e Vurnon Anita e Sylvain Marveaux, nos Magpies. O jogo, algo pobre, terminou num empate sem golos, com 22 remates e apenas 2 foram à baliza, curiosamente um para cada equipa.
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