15/09/2012

Luisão suspenso 2 meses pela FIFA - Um problema para o Benfica



Ontem, 14 de Setembro de 2012, foi anunciado, finalmente, o castigo de Luisão após agredir Christian Fischer, árbitro de nacionalidade Alemã, responsável pelo jogo amigável entre Fortuna Dusseldorf e Benfica. A pena é de 2 meses de suspensão e uma multa de 2 550 Euros aplicadas pelo Conselho Disciplinar da FPF (Federação Portuguesa de Futebol), mas, ainda há a possibilidade do SL Benfica proceder a um recurso, o que sujeita a mesma a alterações.
Com isto o Benfica perde não só um capitão e uma voz de comando em campo, mas como uma das poucas e boas opções para o centro da defesa. Luisão só poderá voltar à competição a partir de 14 de Novembro, falhando assim 11 jogos no total (7 da Liga Zon Sagres; 3 da Champions League; 1 da Taça de Portugal).

Os Substitutos - Qual o parceiro ideal de Garay?
A substituição mais óbvia passa por Jardel. Ex-Olhanense, assinou em Janeiro de 2011 e nunca foi uma opção constante  para Jorge Jesus, funcionando como jogador de plantel, mas que tem respondido presente quando chamado à acção. Não está ao nível de Luisão ou de Garay mas é sempre uma boa opção e um bom jogador para se ter no plantel.
Miguel Vítor, formado no Benfica e com passagens por Desportivo das Aves e Leicester City, por empréstimo, é, tal como Jardel, um jogador de plantel, mas no entanto, tem adquirido ritmo competitivo no Benfica B, o que lhe pode facilitar a entrada nas competições primordiais do clube da Luz.
Sidnei, é também outra opção, mas, aqui, estamos a falar de um jogador sem qualquer ritmo competitivo e que se apresentou no Centro de Treinos do Seixal com 10KG acima do peso idealizado pelos técnicos Benfiquistas. Tem estado submetido a treinos intensivos de recuperação e pode ser mais uma opção para Jorge Jesus, tanto a curto como a longo prazo, dado o seu potencial (que, diga-se de passagem, nunca fui muito bem explorado).





       A suspensão e os efeitos no plantel - Má gestão e falta de complementaridade
Neste mercado de Verão o Benfica "perdeu" Javi García, o jogador que segurava o meio campo defensivo e todas as suas linhas, e Axel Witsel, o dínamo do sector intermediário-ofensivo e também ele com alguns encargos defensivos, apesar das suas manobras serem mais de carácter avançado. Contudo, apesar dos €60 milhões encaixados (contando com a transferência de Witsel, apesar de esta ter sido concretizada dias após o fecho do mercado Português), não houve qualquer substituição ou compra para este(s) sector(es). Certo é que, contudo, o clube comprou ainda mais opções para o ataque. Lima, Salvio e Ola John, sem contar com Hugo Vieira e Michel, que entretanto foram emprestados a Sporting Gijon e Braga, respectivamente, foram contratados por mais de €15 milhões no seu total e a isso, podemos adicionar o regresso de Enzo Pérez, que se encontrava cedido ao Estudiantes.
Assim, o Benfica ficou a contar com 10 (contanto que Melgarejo é atacante) opções para o ataque, das quais apenas 4 são aplicáveis em campo (extremos direito e esquerdo, avançado e/ou avançados / médio ofensivo) e com apenas Carlos Martins (regressado do empréstimo em Granada) e Matic, mais no plano defensivo, o que forçou as chamadas de André Almeida e André Gomes, do Benfica B.


Fica a questão. Com tanto por onde escolher e já com diversas opções no ataque, porquê contratar mais atacantes quando à retaguarda encontra-se uma equipa com debilidades e com falta de opções credíveis? Esta será uma pergunta que só Jorge Jesus, António Carraça e Luís Filipe Vieira poderão responder.