É a nova secção da página. É um espaço direccionado para os denominados "comentários livres".
As suas edições vão incidir maioritariamente sobre o Futebol Português e as suas publicações não contam com qualquer tipo de linha temporal ou critério de maior que não algo que tenha sido pensado por Roberto Rivelino.
Surge a situação e o pensamento será transferido em palavras.
Craig Bellamy rasgou mais uma boa exibição ao serviço do Liverpool esta época e, proporcionou um bom espectáculo de fim de ano em Anfield contra o Newcastle, marcando dois golos e, apesar da fulgurante entrada de Steven Gerrard, que marcou o terceiro golo, foi mesmo o melhor em campo.
Os primeiros 20 minutos de jogo foram bastante apáticos e o Newcastle acabou mesmo abrindo o marcador com um golo vindo "do nada". Cabaye cruza do lado esquerdo e, Demba Ba dividiu o golo com Agger, traindo Reina, sem reacção, aos 25'.
Isso bastou para provocar o Liverpool que rapidamente ripostou com o golo de Bellamy, após investida de Charlie Adam, que, bloqueada pela defesa do Newcastle, sobrou para o internacional Galês à porta da baliza, colocar a bola no canto inferior. A partir daí o jogo foi de um só sentido e Alan Pardew, treinador do Newcastle, teve até de substituir Ryan Taylor (por Santon) ao intervalo porque este estava a ser aterrorizado pelo inspirado e irrequieto Downing na lateral esquerda.
Na segunda parte, mais do mesmo. De destacar a entrada de Gerrard, aos 59, para o lugar de Charlie Adam. O que certamente mudou a face do jogo para melhor. O capitão dos Reds revitalizou a equipa e trouxe mais força, energia e classe ao jogo. Deu mesmo 3 cruzamentos para Andy Carroll marcar, só que este "desperdiçou" as oportunidades, tendo mesmo acertado um cabeceamento na barra.
Tioté era o membro mais inconformado do lado visitante e fez o papel de lutador durante os 90' e isso fez com que cometesse falta sobre Agger aos 67'. Livre directo para o Liverpool e Bellamy marca o seu segundo golo e vira o placar a favor dos da casa, com colaboração de Andy Carroll e Danny Simpson, que não só não permitiu a defesa de Tim Krul, como ajudou os adversários ao cabecear para dentro da baliza.
Para acabar em grande, eis que Gerrard marca o seu golo da honra. Henderson recebe a bola nas imediações da área, temporiza, até que Gerrard investe de rompante pela área para este a passar, e, à saída de Krul, Steven mete a bola rasteira, de pé esquerdo, para dentro da baliza, fazendo assim o 3 a 1 e acabando com um bom jogo dos Liverpoolnians.
No Boxing Day houve o famoso "West London Derby" que confronta Chelsea e Fulham.
A jogar em Stamford Bridge o Chelsea encontrou no Fulham um "osso duro de roer". Bem organizados e confiantes a trocar a bola, os visitantes sentiram-se à vontade contra um Chelsea pouco pressionante durante a maior parte do jogo. Aliás, a primeira parte foi rica em ocasiões de lado, mas o ritmo do jogo esteve sempre à quem do esperado e quem esteve mais perto de marcar foi mesmo o Fulham por intermédio de Orlando Sá que se desembaraçou de Bosingwa e perto da pequena área cabeceou por cima da barra.
Na segunda parte o jogo mudou de "cara". O Chelsea entrou a fazer pressão e aos 47' chegou ao golo por intermédio de Juan Mata num bom remate de pé esquerdo, após assistência de Fernando Torres, um dos melhores em campo.
O Fulham voltou à carga e Kerim Frei fazia o que queria de Bosingwa que só se exibia em termos ofensivos. Aos 56' eis que o Fulham empata no seguimento de um boa jogada de Bryan Ruiz, que "quebrou" os rins a Ashley Cole, finalizada por Dempsey, em que Cech fica, pelo terceiro jogo seguido, culpabilizado.
A partir daí, e com a entrada de Malouda e Drogba (para os lugares de Lampard e Sturridge, respectivamente), começou a ditar-se o que seria uma grande exibição de David Stockdale, que até este jogo apenas tinha feito 2 jogos (na vitória por 2 a 0 contra o Bolton e na numerosa derrota contra o Manchester United por 5 a 0), e a quem grande parte do mérito deste resultado se deve, pelas grandes defesas protagonizadas na baliza do Fulham.
Os Destaques
Chelsea FC
John Terry: Imperial. Acertivo no corte e no passe, esteve bastante interventivo tanto nos cortes defensivos, como no ataque.
José Bosingwa: Frei deu-lhe várias dores de cabeça, mas foi o membro mais irrequieto ofensivamente, com vários cruzamentos para a área.
Oriol Romeu: Aguerrido e agressivo no corte, esteve bem durante o jogo inteiro. O membro mais constante do lado Blue, a par de Torres.
Raul Meireles: Teve duas boas ocasiões para mudar o rumo do jogo. Um belo cabeceamento, que obrigou Stockdale a boa defesa, e um bom remate, após rodar e chutar a pouca distância da baliza.
Fernando Torres: Muito bom no passe, fez a assistência para Mata após bom trabalho de "pivot". Sem dúvida fulcral em todo o processo ofensivo do Chelsea. Constante e lutador, fez 2 bons cortes e poderia ter marcado um bom golo, não fosse, "para variar", Stockdale.
Juan Mata: Marcou o golo com um bom pontapé ao canto inferior da baliza e teve boas investidas ofensivas.
Florent Malouda e Didier Drogba: Entraram bem no jogo e mudaram o "rosto" do Chelsea na segunda parte.
Fulham FC
David Stockdale: Excelente exibição. Protagonizou um bom espectáculo com uma mão cheia de grandes defesas. O melhor em campo.
Clint Dempsey (Vídeo-Compilação abaixo): Dos melhores em campo, também ele. Manipulou o jogo do Fulham, com bons dribles e foi bastante bom no passe. Obrigou Cech a uma boa defesa logo no início da partida e marcou o golo do empate num lance que representa o que o internacional Norte-Americano é, um guerreiro.
Kerim Frei: Dono de uma qualidade técnica fantástica, fez muita mossa no lado direito da defesa Blue.
Orlando Sá: Forte fisicamente, esteve só no ataque e ressentiu-se disso. Poderia ter marcado um golo, mas acusou a falta de ritmo, mandando a bola por cima da barra. Foi substituído aos 81', mas os adeptos do Fulham fizeram questão de congratular o internacional Português, fazendo ouvir a salva de palmas dedicadas ao mesmo.
Sem 5 defesas (Sagna, André Santos, Jenkinson, Gibbs e Djourou), lesionados, e Alex Song suspenso, o Arsenal conquistou no Villa Park um bom resultado, com a vitória por 2 a 1, já nos minutos finais.
O primeiro golo do jogo foi obtido por Robin Van Persie no seguimento de um penálti sofrido por Theo Walcott que foi agarrado na área por Clark, aos 15 minutos. Assim, o capitão dos Gunners e internacional Holandês, Van Persie, igualou o recorde de Thierry Henry com 34 golos marcados num ano.
Van Persie voltou a estar evidência pouco depois ao lançar Walcott nas costas da defesa que tentou fazer o chapéu a Brad Guzan, este, defendendo a bola com a cabeça numa saída arrojada da baliza.
O Aston Villa pressionava muito e N'Zogbia estava-se a tornar no terror de Coquelin na ponta esquerda.
Comandados pela imponência do capitão Búlgaro, Stylian Petrov, os Villans criaram as maiores oportunidades durante o jogo e, ao minuto 54, Marc Albrighton, dos mais irrequietos durante o jogo todo, aproveitou um erro de Vermaelen e de Mertesacker, roubando a bola e com simplicidade no um para um com Sczesny, empurrou a bola para o fundo das redes estabelecendo a igualdade no marcador.
O jogo continuou disputado de lado a lado, mas o Arsenal não conseguia dar melhor acabamento às jogadas lançadas para Walcott e Gervinho, maioritariamente por parte de Mikel Arteta, que foi o maestro dos Londrinos e dos melhores em campo por sinal, acabando por ser cortadas por Alan Hutton ou Richard Dunne que estiveram sempre concentrados no aspecto do "tackle".
Aos 80' Wenger decidiu substituir Aaron Ramsey e Gervinho por Arshavin e Benayoun e, 7 minutos depois, o Israelita justificou a aposta marcando de cabeça, após um canto de Van Persie, aproveitando a falta de aplicação na marcação de Agbonlahor.
Para culminar, Alan Hutton que até então esteve bem no corte, manchou a sua exibição, sendo expulso nos acréscimos por acumulação após falta dura sobre Vermaelen.
Os Destaques Aston Villa FC Brad Guzan: Sem hipóteses nos golos sofridos, esteve bem ao sair para cortar de cabeça num chapéu de Walcott e num remate à queima-roupa de Mertesacker. Richard Dunne: Intransponível, fez cerca de 6 cortes fulcrais em investidas de Walcott e Van Persie. Stylian Petrov: Marcou o ritmo do jogo da sua equipa, tentou o remate e esteve bastante preciso no passe. Charles N'Zogbia: O terror da defesa do Arsenal. "Sacou" dois amarelos, a Coquelin e a Mertesacker. Teve dois bons cruzamentos para Agbonlahor e várias investidas na extrema esquerda. Virtuoso. Marc Albrighton: Esperto no golo alcançado, esteve sempre activo e cruzou muitas bolas que poderiam ter feito mossa aos Gunners caso Agbonlahor estivesse nos seus dias. Gabriel Agbonlahor: Nos minutos iniciais forçou Sczesny a uma boa defesa, mas rapidamente se "ausentou" do jogo. Poderia estar mais concentrado e a equipa ressentiu-se com a falta de um matador. Barry Bannan: Entrou a um minuto do intervalo para o lugar de Ireland e logo no primeiro toque na bola cobrou um livre que deixou Sczesny pregue ao chão. Esteve sempre certo no passe e na finta.
Arsenal FC
Laurent Koscielny: O melhor no sector defensivo do Arsenal. Sempre bem posicionado, esteve bem no corte. Mikel Arteta: O maestro. Geriu a posse da bola do Arsenal e o jogo passou todo pelos seus pés. Conteve-se a atacar, mas foi o elemento mais fulcral da sua equipa. Robin Van Persie: Bateu o recorde de Thierry Henry e marcou o seu 34º golo em 34 jogos na Premier League em 2011. Foi um quebra-cabeças para a defesa do Villa e tentou abrir a defesa com bons passes. Levou cartão amarelo por simulação aos 78'. Theo Walcott (Vídeo-Compilação abaixo): Irrequieto como sempre, deambulou pela extrema direita e esquerda na primeira parte. Na segunda esteve sempre na direita e foi aí que criou mais perigo com várias investidas em velocidade. Poderia ter marcado o 1-0, não fosse uma boa saída da baliza por parte de Guzan. Yossi Benayoun: Entrou para decidir com o cabeceamento para golo aos 87'.
Landon Donovan fez aqui um dos seus últimos jogos ao serviço do Bayern Munique. Entrou a 13 minutos do fim e teve poucas oportunidades para tocar na bola. Fez cerca de quatro passes certos, mas disparatou-se noutro. Ainda assim deu para ver a sua vontade. Aqui fica a Vídeo-Compilação, espero que gostem!
Danilo já anda nas bocas do mundo depois desta exibição.
A jogar a defesa direito foi dos melhores em campo do lado do Santos nas meias-finais do Mundial de Clubes, contra o Kashiwa. Certo no corte e correcto tacticamente, impulsionou vários ataques, sendo uma das principais fontes de "alimentação" para Neymar ou Paulo Henrique Ganso, que estavam encarregues de orquestrar o jogo do Peixe.
O Santos dominou o jogo e mostrou a sua superioridade no controlo da posse de bola e pelos belos golos marcados, entre inúmeros momentos de virtuosidade técnica. O 1-0 foi concretizado por intermédio de Neymar, o segundo golaço, por Borges, depois, o Kashiwa reduziu para 2-1, por intermédio de Sakai aos 54', e, por fim, aos 63 minutos, Danilo sentenciou a partida com um bom livre, que nem deu para o guardião Sugeno reagir.
O Porto certamente anseia a chegada de Danilo, que, por enquanto, vai mostrando as suas habilidades ao serviço do Santos... até Janeiro.
Lewis Holtby é daqueles jogadores que faz jus ao numero que enverga... o 10. Canhoto, distribui o jogo com bons passes, longos ou curtos, e sabe onde colocar a bola através dos mesmos.
Outrora dispensado pelo Borussia Mönchengladbach por ser muito "débil" fisicamente - por ser muito baixo e lento, está agora a ser aproveitado pelo Schalke 04, onde já conta com 16 jogos (todos a titular) e 3 golos, sendo peça fulcral na manobra ofensiva dos de Gelsenkirchen, que já contam com o mítico Raúl, Huntelaar (marcou o 0-1), Marica, Farfán... ou Pukki, um jogador que me surpreendeu neste jogo e que marcou um golaço (o 0-2).
As boas exibições de Holtby levaram-no à estreia pela Mannschaft em Junho último, contra o Azerbaijão, o que já não o permite actuar pela Inglaterra, país ao qual se encontra ligado por culpa do seu pai... e do amor pelo Everton, clube pelo qual sonha jogar.
Contra o Hertha, até ser substituído aos 68', procurou interagir constantemente com a bola, fazê-la circular e dar-lhe o melhor destino, mas, esteve sempre assíduo no capítulo da falta, parando vários ataques do Hertha - constantemente liderados pelo virtuoso Raffael ou por Ebert. Teve o apoio importante de Jermaine Jones que funcionou como uma espécie de guarda-costas, dando-lhe confiança para partir para o ataque.
O Sporting continua a sua saga de boas exibições e a sua última vítima dá pelo nome de Zurique.
Sem vários jogadores importantes (Rinaudo, Carrillo...), os leões dominaram por completo o jogo durante os 90', contra um adversário frágil e que só conseguia criar "perigo" por intermédio de Chikhaoui (que já mereceu menção aqui no blog a em 2008) ou Nikci.
Com um meio campo formado por Daniel Carriço (o médio mais recuado), André Martins e Schaars, a posse da bola e o controlo sobre o jogo foram feitos com maior fluidez do que na derrota do derby contra o Benfica.
A insistir nos ataques pelo flanco em que Capel se encontrava (começou a jogar na esquerda, mas com o decorrer do jogo foi sempre variando com Bojinov), o Sporting marcou o primeiro golo por intermédio de Van Wolfswinkel aos 15' após um bom passe de Schaars.
Na segunda parte, mais do mesmo. André Martins continuava a boa exibição, com Carriço a puxar dos galões a médio defensivo, posição essa na qual tem feito boas performances. Adivinhava-se o segundo golo do Sporting quando Capel faz um exímio cruzamento para a área, onde, Bojinov, em antecipação, faz um bom cabeceamento que só para nas redes defendidas por Leoni, que ainda chegou a tocar na bola. O jogo estava sentenciado aos 58' e a partir daí nada mais a acrescentar se não a boa entrada na partida de André Santos, determinado a conquistar um lugar nesta equipa Leonina.
As exibições do Sporting Clube e Portugal
Marcelo Boeck: Sem grande trabalho, teve apenas de se antecipar a dois cruzamentos, com sucesso. João Pereira: Muito activo, rápido e agressivo como sempre. Esteve em evidência pelos constantes cortes e raides pela ala direita. Oguchi Onyewu: Sempre confiante, travou duelos interessantes com Chikhaoui, ganhando maioria deles. Viu-se mais segurança e mais atrevimento ao sair com a bola controlada para o ataque. Anderson Polga: Fortíssimo. Controlou a defesa e foi dos elementos mais fulcrais do lado verde e branco. Emiliano Insua: Mais em jogo do que no derby, ainda assim um bocado irracional nas subidas ao ataque e nos momentos do passe ou drible. Daniel Carriço: Agradou. Nesta posição em que deve ser claramente explorado, pode ser um elemento de importância na campanha Sportinguista. Agressivo e rápido no corte, bem com a bola nos pés, apareceu algumas vezes nas zonas de finalização, tendo feito um bom remate de primeira com o pé esquerdo que obrigou Leoni a boa defesa. André Martins: Provavelmente o jogador que mais caiu no goto dos adeptos. Empenhado e confiante foi como se mostrou nesta grande oportunidade. Fez dois bons passes a rasgar. Stijn Schaars: Bastante efectivo no capítulo do passe, abriu o seu reportório com uma excelente assistência para o golo de Wolfswinkel, só ao alcance de um jogador da sua categoria. Saiu aos 68'. Valeri Bojinov (Vídeo Compilação abaixo): O melhor em campo. Apesar de se mostrar numa condição física algo deplorável, conseguiu ser um tanque no ataque. Aguentou as várias investidas físicas dos possantes defesas Suíços, soube torneá-los com grande qualidade técnica e esteve em evidência, não só pelo seu golaço de cabeça, mas também pelo grande trabalho a pivot. Diego Capel: Irrequieto. Eléctrico. Veloz. Ludibriante... São alguns dos adjectivos que podem descrever mais uma boa exibição para adicionar ao cartaz do extremo Espanhol. Certamente dos elementos mais influentes na partida, saiu aos 59' após a excelente assistência para Bojinov no segundo golo, inconformado. Van Wolfswinkel: Repetiu a exibição da Luz. Joga bem de costas para a baliza e é um referência para os colegas que fartam-se de lhe dar bolas para marcar, principalmente pelo ar. Conseguiu ganhar vários cabeceamentos e fez alguns bons passes para os colegas em melhor posição para rematar. Saiu aos 74'.
Pereirinha: Entrou aos 59' com o jogo sentenciado. Pouco fez para além de uma situação de criatividade em que se desenvencilhou de dois adversários na linha. Extremo Direito André Santos: Entrou determinado a provar que merece uma oportunidade. Forte e possante, ganhou vários duelos e foi importante posicionalmente. Ainda teve tempo de fazer um remate perigoso que Leoni defendeu de forma atrapalhada. Entrou aos 68', vendo um cartão amarelo. Interior Esquerdo Diego Rubio: Entrado aos 74' nada fez à parte de ter feito alguma pressão na saída de bola do Zurique.
Os destaques do FC Zürich
Yassine Chikhaoui (compilação a ser adicionada abaixo) : Para quem já viu vários jogos seus não surpreendeu. Claramente o elemento mais perigoso, o internacional Tunisino mostrou que tem qualidade superior para maiores paradas. A Liga Suíça é pequena demais para um jogador assim. Avançado / Segundo Avançado / Extremo Adrian Nikci: Uma flecha. Foi um quebra cabeças para Insua que certamente terá ficado agradado quando o sub-21 Suíço mudou de flanco. Rápido e muito bom no um para um. A acompanhar. Extremo esquerdo / direito
Após manter as esperanças de apuração para os oitavos-de-final da Champions League contra o Shakhtar, o Porto garantiu uma boa vitória contra o Braga, um dos candidatos ao título.
Vítor Pereira repetiu o onze do triunfo de Donetsk, Maicon manteve-se na lateral direita apesar de as suas exibições terem sido questionadas, em especial na derrota por 3-0 contra a Académica, e Leonardo Jardim supreendeu ao incluir Fran Mérida na equipa titular.
O jogo começou bastante equilibrado com raras ocasiões. Estavam feitos quase 30' e o Porto ainda não tinha feito um remate sequer. Mas, aos 37', após uma arrancada de Defour, James cruzou para a área, onde Hulk se antecipou a Quim e fez o 1 a 0 de cabeça.
O Porto manteve o jogo sob a sua tutela e as equipas foram assim para o intervalo. Volvidas do mesmo, o Braga cresceu no meio campo por força de Djamal e Hugo Viana. Mas, os Dragões ganharam confiança e começaram por dominar, especialmente após a saída de Djamal. Moutinho recebeu a bola na direita e entregou-a a Hulk, que com um remate de belo efeito, bateu Quim novamente, fazendo o 2-0 aos 78 minutos. A partir daí o Braga "entregou-se" e o Porto marcou o terceiro golo por intermédio de Kléber (assistência de Hulk), aos 82'.
Num ataque sem perigo de força maior, Salino entrou na área e Hulk derrobou o Brasileiro, dando ao Braga um penálti, que Lima se encarregou de marcar aos 89. Já nos descontos, houve ainda tempo para o bis de Lima, após boa simulação de Nuno Gomes que quebrou a defesa portista.
Os Destaques
Futebol Clube do Porto
Hulk(Vídeo Compilação abaixo):Sem dúvida o melhor em campo. A avançado parece mais objectivo e mais colaborador com a equipa. Não se prendeu muito à bola e cumpriu a sua missão com distinção, marcando dois golos, de cabeça, o primeiro, e, o segundo, num belo remate de fora da área. Para culminar uma boa exibição, fez uma grande arrancada do lado direito, dando depois a bola a Kléber que só teve de encostar para a baliza.
João Moutinho: Um nível exibicional mais próximo do seu normal. Pautou o ritmo do jogo e esteve sempre em evidência com a sua qualidade de passe.
Steven Defour: Forte no desarme e no passe, foi o impulsionador do primeiro golo do jogo com uma grande arrancada desde o meio campo. Foi um bom apoio a Djalma e James até à saída destes.
Sporting Clube de Braga
Quim: Não se compreende como é tão desvalorizado em Portugal. Mais uma exibição de alta qualidade, sempre seguro a sair dos postes e poderia ter feito uma das mais belas defesas do campeonato não fosse Artur Soares Dias anular a jogada por falta de Djalma no seguimento de um canto.
Alan: Sempre activo e frenético, conquistou várias faltas a Álvaro Pereira. Necessitava de ter sido mais objectivo e eficaz, ainda assim, conseguiu ser dos melhores em campo do lado Bracarense.
Hugo Viana: Após a notícia trágica da morte do seu ex-colega Gary Speed (no Newcastle), esteve como Moutinho para o jogo do Porto. Geriu todas as acções Minhotas e ajudou a equipa defensivamente com a sua colocação em campo. Precisa de ser mais agressivo no ataque à bola.
Um derby impróprio para cardíacos.
Bastante dividido, o Benfica marcou a "sentença de morte" ao Sporting aos 44' na sequência de um canto, apontado por Aimar e finalizado, de cabeça, por Javi García.
Próprio de qualquer encontro entre rivais, os ânimos aqueceram por várias vezes. Cardozo foi expulso por acumulação de amarelos, a seguir a protestos, Capel e Maxi Pereira estavam constantemente a "trocar" faltas, passando-se o mesmo com Carriço e Aimar, entre outros...
Para além de Javi García (que vai merecer o devido destaque), Aimar, pela sua imensurável criatividade, Gaitán, pelo perigo criado e pelos remates ao poste e barra (este de canto directo), Artur, pelas enormes defesas, (do lado do Sporting) Elias, pela sua incapacidade em finalizar duas boas chances e pelo que fez a bola circular, Schaars, pela qualidade de passe e rotatividade que ofereceu ao jogo e Capel, pelas chances que criou e o quebra-cabeças que representou para toda a defesa encarnada, poder-se-ão, destacar pelos seus papéis no jogo.
Já Javi García, por sua vez, foi imperial. Para além do único golo da partida, efectuou 31 intercepções e dominou o meio campo. Rápido e agressivo sobre e com a bola, soube sempre calcular o tempo de entrada na bola e raramente cometeu alguma falta, o que é bastante positivo tendo em conta a sua posição (médio defensivo).
Com a bola nos pés, deu-lhe sempre o mesmo destino, temporizando sempre que necessário, mas, foi o mote para os rápidos ataques de Aimar.
Perto do fim do jogo teve um duelo interessante com Onyewu, em que lhe ganhou por duas vezes a bola no ar, isto, quando entre eles existe um diferença de 8cm (o Americano tem 194cm e o Espanhol, 186cm).
"A aventura em Barcelona continua" - São estas as palavras de Eric Abidal num sinal claro de que ainda está "para as curvas", com 32 anos.
Recentemente, o internacional Francês recusou a braçadeira do seu país, pois, o mesmo achava que a responsabilidade era demasiada e não tinha personalidade para acatar tal função e, também, afirmou que o Manchester City era um dos clubes (confirma-se que o PSG é (ou era) mais um) que seguia todos os passos deste processo de renovação.
Após um impasse (em que Abidal afirmou que, de certo modo, não merecia a proposta dada, tendo em conta os seus feitos no clube), o defesa acabou por renovar o contrato por dois anos, com mais uma temporada de opção, o que possivelmente lhe permitirá concretizar o sonho de acabar a carreira pelo Barcelona.
Eric Abidal é já mítico em Barcelona. Em Março deste ano, foi-lhe diagnosticado um tumor no fígado, mas nem por isso o impediu de fazer uma recuperação milagrosa, a tempo de receber uma ovação quando entrou em campo contra o Arsenal e de levantar o troféu da Liga dos Campeões no jogo contra o Manchester United, onde, também, foi dos jogadores mais importantes nessa conquista. Está visto que continuará a brilhar na Espanha, onde está desde 2007, ano em que deixou o Lyon para conquistar um lugar no coração e na história do clube Catalão.
Sidney Sam é a continuação da saga de talentos esquerdinos vinda da Alemanha nos últimos anos (Özil, Podolski...).
Nascido há 23 anos, fez formação no Hamburgo, onde nunca teve muito espaço para mostrar os seus dotes. De 2008 a 2010 foi, então, emprestado ao Kaiserslautern. As boas exibições e os 10 golos marcados (em 33 jogos), valeram-lhe a transferência para o Bayer no início da época 2010/2011.
Daí em diante a sua carreira tem sido um brilharete, tal como a sua exibição contra o seu antigo clube, em que o Lerkusen venceu com uma assistência sua, para o golo de Ballack, e um bom golo, de trivela, já dentro da área, fazendo dele claramente o melhor em campo nesta partida.
Explosivo, dinâmico, portentoso e virtuoso, Sidney Sam é sem dúvida um extremo que vai e tem dado que falar. No certame, a selecção da Alemanha pode ver aqui um cota parte do seu futuro.
A Dezembro de 2007 escrevia sobre Carlos Martins ( Clique para ver ), na altura, a representar o Recreativo de Huelva, em Espanha, hoje é um homem abatido. A notícia da doença do seu filho abalou a Selecção Nacional e interrompeu alguns festejos sobre a Qualificação para o Euro'2012. A campanha começa já Segunda-feira por todo o país. O jovem Gustavo sofre de aplasia medular, uma doença rara que só pode ser curada se for encontrado um dador de medula que seja compatível, portanto ajude se puder, não só ao Gustavo, como a todos aqueles que carecem do mesmo problema!
Josh Saunders tem sido um dos melhores guarda-redes que tenho vindo a seguir.
Já com 30 anos, conta com a concorrência de Donovan Ricketts (ex-Bolton) na baliza da equipa Californiana, que conta com estrelas, como David Beckham, Landon Donovan ou Robbie Keane nas suas fileiras.
No LA Galaxy desde 2005 (aí fora contratado ao San José), nunca teve grandes oportunidades para brilhar, e, se até ao início da presente época, de 2011, contava com apenas 11 jogos pelo clube, só neste mesmo ano, já teve a oportunidade de realizar 28, uma melhoria bastante significativa.
Com grande segurança, confiança e uma estampa atlética invejável, Saunders tem sido uma das pedras basilares da sua equipa e foi, obviamente, um dos obreiros da conquista da Conferência Oeste da MLS, precisamente, neste jogo, contra o Real Salt Lake, onde, com duas defesas magníficas, entre outras saídas aos cruzamentos adversários, realizou uma excelente exibição.
Com certeza que já muitos treinadores do Galaxy do passado se arrependem de não terem apostado neste guardião (e neste caso, esta nome adequa-se ao jogador), bem como os da selecção Estado-Unidense, que o deixaram escapar para a congénere, Porto Rico.
Data de Nascimento: 02/03/1981 Altura: 193cm Peso: 95kg Internacional por Porto Rico
Marco Rojas foi uma agradável surpresa no que seria à partida um confronto de estrelas. Do lado do Melbourne, Harry Kewell, do lado do Sydney, Brett Emerton, ambos jogadores com grande projecção (ex-Leeds, Liverpool, Galatasaray e ex-Feyenoord e Blackburn, respectivamente), mas já em fase decadente das suas carreiras.
Rápido, ágil, inteligente e virtuoso, é assim que se pode caracterizar o jovem atacante que a equipa Australiana contratou ao Wellington Phoenix.
Dotado de uma alta qualidade técnica, criou mossa na defesa do Sydney e, foram constantes as investidas (entenda-se faltas) sobre ele, naquela que foi a sua estreia pelos "Blues" na A-League 2011-2012.
Tem detalhes de craque e pode vir a ser um bom jogador a nível Europeu. Mais jogos nas pernas e assim se tirarão melhores conclusões, mas a promessa está lá, veremos se vai ser bem trabalhada. Há, em conclusão, que esperar pela influência que um jogador da dimensão de Kewell (um ídolo), poderá criar sobre este aspirante Neozelandês, não só a nível motivacional, mas também no que toca ao seu estilo de jogo.
Data de nascimento: 1991/11/05 Altura: 166cm Peso: 63kg Internacional pela Nova Zelândia Clubes representados: Waikato FC; Wellington Phoenix; Melbourne Victory (clube actual)
Bruno César vai conquistando a pouco e pouco o seu lugar "cativo" no plantel Benfiquista e essa ideia ficou cimentada no jogo contra o Basel.
Relegando Nolito para o banco, o "Chuta-Chuta" tem estado em grande forma e marcou o seu 5º golo (em 6 jogos) em solo Suíço, numa boa exibição não só individual, como colectiva por parte das "Águias".
Destacou-se desde logo com várias jogadas sincronizadas com Pablo Aimar e Emerson, mas, foi ao minuto 20 que marcou o seu golo, concluindo uma boa jogada de Gaitan, que arrancou pela direita, passou para o centro da área, onde Rodrigo com um túnel, deixou a bola passar para Bruno César concluir com calma e colocado para o fundo das redes.
Durante o jogo teve várias trocas de posição com Gaitán, do lado esquerdo, para o direito, e vice-versa, mas com a expulsão de Emerson, aos 86', teve de recuar para defesa esquerdo, onde ainda conseguiu controlar algumas investidas de Shaqiri, a coqueluche Suíça.
Hernanes continua um génio desde que se falou aqui do maestro "Laziale", já em Janeiro de 2008, quando este ainda actuava pelo São Paulo ( Link para o "post" ).
Neste dérbi da cidade de Roma, o estádio Olímpico pode presenciar mais um "show" de Hernanes. Virtuoso como sempre, foi o jogador chave para a vitória da sua equipa, já em tempo de descontos, com Klose a marcar o 2 a 1, quando Hernanes já havia marcado o 1-1 de penalti.
Começou a jogar no centro do terreno, atrás de Klose e de Cissé (este descaindo para a esquerda) e até aí, não se tinha destacado muito. Mas, com a expulsão de Kjaer, Edy Reja (treinador da Lázio), apercebeu-se das dificuldades da Roma e moveu Cissé para o centro e entregou a ala esquerda a Hernanes, que contava agora com o apoio do Bósnio Lacic. A partir desse momento, o internacional Brasileiro começou a torturar os seus oponentes, nomeadamente Cassetti, e ofereceu um espectáculo digno de grandes palcos.
Mais palavras... Para quê? Aqui fica a Vídeo Compilação com os melhores momentos. Espero que gostem!
Hulk finalmente teve a sua estreia a titular pela selecção do Brasil e, não decepcionou.
A jogar num ataque tri-partido com Neymar e Ronaldinho (este mais recuado), Givanildo Vieira de Souza teve uma boa partida de "apresentação" aos adeptos "Canarinhos", mas em solo Mexicano, neste amigável que serviu de homenagem a Oswaldo Sanchéz, guarda redes dos "Azetecas".
Sempre poderoso fisicamente, conquistou algumas faltas e ganhou por várias vezes o espaço suficiente para rematar à baliza, mas, sempre sem grande mossa. Tecnicamente mostrou-se com o mesmo atrevimento do habitual, destacando-se o passe de calcanhar que isolou Neymar, já dentro da área, que por sua vez falhou a chance de abrir o marcador.
Claudio Marchiso não podia ter melhor exibição.
Sempre activo, jogou atrás de Vucinic (o ponta de lança). Irrequieto e bastante operativo, foi fulcral na circulação do jogo ofensivo "Bianconero", pois, foi sempre rápido a decidir, e portanto foram constantes as combinações com Pirlo, Krasic, Pepe ou Vucinic, sendo assim uma espécie de fio condutor, recebendo as jogadas de Pirlo e distribuindo para os restantes colegas.
A sua técnica e capacidade de interpretar os lances do jogo e o seu posicionamento mostram uma clara evolução desde as temporadas passadas e, com o exemplo de Andrea Pirlo, adivinha-se uma excelente temporada para Marchisio obter o "clique" que lhe faltou em anos anteriores.
Após dois jogos sem conseguir vencer, o Futebol Clube do Porto deslocou-se à casa do Zenit, na Rússia, onde estes se invictos na Champions League desde o último confronto com o Real Madrid, já em Setembro de 2008.
O jogo começou melhor para o lado Portista, marcando logo na primeira ocasião, aos 10 minutos, por intermédio de James Rodriguez (em fora-de-jogo), assistência de Hulk, depois de um contra-ataque orquestrado por Fernando Belluschi. Prontamente, o Zenit retaliava e com um meio campo bem estruturado, a circulação de bola era constante, sendo sempre bem distribuída por Shirokov, Denisov ou Zyrianov, para os elementos mais atacantes, Fayzulin, Danny ou Kerzhakov. As investidas eram constantes e, aos 20', Fayzulin cruza para a área, Helton falha a intercepção ao cruzamento e Shirokov encosta para as redes apesar dos esforços de Fucile em negar o golo. Álvaro Pereira foi dos jogadores mais activos do Porto, e, esteve, inclusive, perto de marcar, mas, Malafeev fez uma bela defesa, após um bela, também, remate do Uruguaio. Pouco depois, aos 33', numa jogada casual com Anyukov, Kléber, após o choque com o defesa Russo, contraiu uma contusão na clavícula esquerda ao tentar amparar a queda, sendo prontamente assistido e substituído por Silvestre Varela. A partir daí, o génio de Danny começou a ganhar protagonismo, quando ainda se encontrava a jogar no centro do terreno, criando mossa a Fernando e aos centrais dos Dragões (Otamendi e Rolando), conquistando várias faltas e chances de golo. Perto do fim da primeira parte, acontece o lance do jogo... Fucile tenta dominar com a côxa e, instintivamente, mete a mão à bola com receio de a perder, recebendo o segundo cartão amarelo e a consequente expulsão, ordenada por Howard Webb.
Este momento foi o mote para o domínio dos de São Petersburgo.
Fucile, que até então tinha sido o "tampão" de todas as investidas de Danny havia sido expulso e o Porto encontrava-se com dez jogadores em campo, deslocando Fernando para a posição em falta e fazendo entrar Souza, ao intervalo, para o lugar de James Rodriguez. A segunda parte começa e de tanta insistência, o Zenit lá acaba por virar o resultado a seu favor (aos 63'), com Shirokov a marcar um golo de pura classe e qualidade. Fayzulin cobra um livre em força para a área e, com o pé direito, Shirokov domina a bola, e sem deixar cair, remata com força e colocação para a baliza de Helton, batido sem qualquer hipótese de defesa.
A celebração de Danny, no mínimo caricata
Danny continuava a "martelar" e massacrar e, acabou por ver a sua grande exibição com um golo, depois de uma boa jogada de Kerzhakov, que com um "nó cego", havia fintado Otamendi, sentenciando a partida aos 72 minutos.
Coube ao FC Porto tentar reagir, ká depois de Kerzhakov enviar uma bola ao poste, e só a partir daí conseguiu ter alguma posse de bola, mas ainda assim, sem capacidade para criar ocasiões dignas de golo à excepção de dois livres de Hulk, que dificilmente incomodaram Malafeev.
Finda e resumidamente, Danny disse tudo: "A expulsão de Fucile facilitou (...). Sofremos um golo em contra-ataque, que não deveríamos ter sofrido, pois estávamos preparados para esse tipo de lance. Corremos atrás do resultado. Empatámos e, com a expulsão ficou mais fácil, mas mostrámos que jogamos com qualidade. "
Eran Zahavi foi dos jogadores mais seguidos no passado defeso e, surpreendentemente, transferiu-se para o Palermo, depois de belas exibições pelo Hapoel Tel-Aviv na Champions League 2010-2011. Actuando atrás de Mauricio Pinilla e Fabrizio Miccoli, o internacional Israelita teve uma das melhores performances, num belo jogo de futebol, e como tal, aconselho a qualquer adepto do bom futebol a experimentar a classe de Andrea Cossu, a eferverscência de Thiago Ribeiro, o poder de Neinngolann, a leitura de Matías Silvestri ou a qualidade de Tzorvas na baliza do Palermo, contudo, preferi concentrar as minhas atenções sobre Zahavi, dado que já conhecia as qualidades dos jogadores anteriormente mencionados.
Eran destacou-se por várias vezes, dado o seu envolvimento no jogo, tanto com a bola, ou sem ela, ou seja, quando não tinha a posse da bola, deslocava-se da maneira a criar linhas de passe para receber a mesma mas, depois, na entrega, no passe, revelou-se um pouco precipitado ou nervoso.
Certamente em adaptação, conseguiu já deixar uma boa impressão no clube da Sicilia e certamente, ao longo desta temporada, dará que falar.
Andrea Barzagli, apesar da idade (30 anos), demonstra clara evolução desde a época transacta.
Acompanhado por Chiellini e apoiado por Andrea Pirlo, o defesa central está a conseguir um bom arranque de temporada. Depois de uma boa exibição no primeiro jogo da época, contra o Parma, demonstrou uma boa sequência, desta feita, contra o Siena, anulando várias investidas deste ataque irrequieto e orquestrado por Franco Brienza, um já conhecido do "Calcio".
Sempre com grande "timing" na entrada na bola ou no tackle, o que mais impressionou, como havia no jogo com o Parma, foi a confiança com que, depois de recuperar a bola, saía a jogar, entregando bem a bola aos médios.
Em alto ritmo, pautou o jogo ofensivo do Galatasaray (que pecou, em muito, pelas chances falhadas por Milan Baros) e foi o jogador mais importante da sua equipa, especialmente na primeira fase de construção do jogo / na transição defesa-ataque.
Assumiu sempre a posse da bola e carregou a mesma até à área contrária, por várias vezes, marcando o ritmo do jogo à sua mercê. Defensivamente, esteve impecável, fazendo raras faltas e passou com boa nota no tempo de entrada à bola nos tackles.
Certamente, daria muito jeito à Juventus, mas Conte decidiu emprestar o melhor jogador da temporada passada ao Galatasaray, onde, este, já assumiu a camisola 10 e o papel de líder da equipa.
Ryan Babel já não é propriamente um desconhecido. Ainda jovem, em 2004, começou a dar nas vistas pelo Ajax logo aos 17 anos, lançado por Ronaldo Koeman. Inicialmente a jogar como Avançado, rapidamente estava à vista que esta não era a melhor posição pois eram várias as chances que criava e não conseguia concretizar. Foi "atirado" para a ala esquerda e aí começou a saga de fintas e corridas que Ryan Babel proporcionava aos espectadores da Amsterdam Arena. Seguiu-se a estreia pela Selecção Holandesa em 2005 e rapidamente centrou as atenções em si até o Liverpool o contratar, já em 2007.
Em Anfield, Babel teve vários altos e baixos e, foram os baixos que se destacaram em maioria. Elogiado constantemente por lendas como Kenny Dalglish, que foi treinador de Babel por apenas 6 dias, dado que Babel queria mudar de ares, partindo para o Hoffenheim, da Holanda, apesar de Dalglish ter garantido que este ia ficar no plantel. Em 6 meses tornou-se dos jogadores mais favoritos da massa associativa do Hoffenheim, fazendo 15 jogos, com 1 golo, na época passada, 2010-2011.
Contra o Mainz, Ryan Babel deu razões e mais que razões para justificar todos os bons adjectivos que foram usados para o descrever e elogiar. Começou por jogar na extrema direita, mas com a desenvoltura do jogo, variava entre o flanco esquerdo e a posição de segundo avançado, atrás de Roberto Firmino, autor do primeiro golo do Hoff. Protegendo a bola com o corpo (1,83m em 73kg), ganhou um penalti perto do fim da primeira parte e ele próprio encarregou-se de o concretizar, numa cobrança para o meio da baliza.
A segunda parte veio e cada vez que Babel tocava na bola a plateia lá se agitava. Tecnicamente é um fora de série e foi constante vê-lo a dar "lençóis" e a fazer a típica finta do "stepover" (passar a bola por cima da bola, quebrando os rins ao defesa) e, culminou a sua exibição com um golo brilhante! Explodiu em velocidade nas costas da defesa, a passe de William, na ala esquerda e no um para um com o guarda-redes, temporizou, fintou Popech (que já havia ultrapassado em corrida) e Noveski antes de rematar para o canto inferior direito da baliza de Müller. 8 minutos depois, aos 82', foi substituído para ouvir uma ovação no estádio do adversário.
Aos 24 anos é certamente um jogador a ter em conta. Babel é o puro exemplo de que às vezes é preciso dar uma passo atrás para dar dois à frente.